N. 1952. Lisboa
POESIA DIGITAL
7 POETAS DOS ANOS 80
ROBOT- MARIE
Robot-Marie é qualquer coisa de tâo belo
que por palabras já nâo pode ser explicado
mas como estas sâo tudo o que â mâo tenho
irei dizer sem qualquer pressa ou atropelo
Que ela para mim de costas está voltada
mas sou eu próprio que me vejo atrás de mim
e se entâo irei passar a estar assim
é porque se encontra mais além um grande expelho
E sou eu mesmo que deste modo fujo
do que nâo me estava de certeza prometido
daquilo que por encontro eu depois vi
Talvez o tal expelo estivesse embaciado
talvez já sobre ele um rumor sujo
me tivesse separado de Robot-Marie.
MIRAGEM
Todo o espectáculo da morte. O som do distante órgâo,
Oboés, vibrafones sobre
todos os sentido. Cornetas.
Toda a distância, toda a distância.
Pássaros…presentes…
Lonjura, amor. O pesadelo pelo meu semelhante mira-
-me em flocos de vidro,
vibra uma imagem musical na
Floresta de objectos
expostos. A fatalidade mostra-me
Cascatas. Ouço o raspar de
veludo nos meus ouvidos
Abertos nos día –implacável.
Escondo-me,
Eu o fantasma…no vento. O vento das grutas na pedra
porosa. Inter-digo entre
frases eu “está bem” a brutalidade
das ruas voltadas.
CONTRA
Parto os dentes
contra as pedras e os horizontes (eu
chamava-lhes os da
nossa señora, eram arbustos… uma
noite
um rouxinol cantou azul envolto numa aura lunar
extraordinária),
insiro-me nas vibraçoes dos montes, com
os seus espectros,
os seus fantasmas, os seus sons que
nos proporcionan um
prazer secreto.
Também estou no pátio do heroísmo perto de
uma
espécie de porta no
pequeno muro de pedra. O que eu
amei aquele momento
de horizonte.
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ALEXANDRE VARGAS
N.
1952. Lisboa
POESIA
DIGITAL
No cometeré el sacrilegio de traducirlo con google, me zambullo una y otra vez en este lenguaje maravilloso, me estremezco. Una belleza. Un abrazo.
ResponderEliminarabrazos Darío. este autor me ha volado la tapa de los sesos. Hay tal vez palavras que se me escapan, aunque es mi idioma materno.
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